segunda-feira, 18 de outubro de 2010

O drama do incesto é abordado mais uma vez por Graça Pizá em novo livro da Imprensa Oficial


“afetosecretos | o vocabulário” vem acompanhado por “afetosecretos | o filme. Livro e filme serão lançados no dia 21 de outubro, às 19 horas, na Livraria da Travessa, em Ipanema, no Rio de Janeiro.

O Estatuto da Criança e do Adolescente diz, no seu artigo 18: “É dever de todos zelar pela dignidade da criança e do adolescente, pondo-os a salvo de qualquer tratamento desumano, aterrorizante, violento ou constrangedor”. A realidade, porém, está bem longe desse ideal, especialmente quando entra em cena a violência sexual contra crianças. E na maioria das vezes, um pesado manto de silêncio abafa qualquer pedido de socorro quando o abuso envolve a relação incestuosa entre pais e filhos. Ultimamente, um número crescente de vozes se levanta contra o sistema familiar que permite e acoberta tão perversa situação. Uma delas é a da psicanalista Graça Pizá, diretora da Clínica Psicanalítica da Violência/Revirança, do Rio de Janeiro.

Agora, o grito de alerta é feito por meio de “afetosecretos | o vocabulário”, novo lançamento da Imprensa Oficial do Estado de São Paulo, pelo selo Imprensa Social, em coedição com a Clínica Psicanalítica da Violência e apoio da Childhood Brasil – entidade que atua com foco na proteção da infância contra o abuso e a exploração sexuais –, a ser realizado no dia 21 de outubro (quinta-feira), às 19 horas, na Livraria da Travessa, em Ipanema, Rio de Janeiro - Rua Visconde de Pirajá, 572. O livro vem acompanhado de um DVD, trazendo “afetosecretos | o filme”. São duas linguagens diferentes que permitem revelar a tragédia vivida por crianças, vítimas do ato violento e criminoso do incesto.

O livro utiliza conceitos psicanalíticos inspirados em imagens, desenhos, sons e palavras expressados por crianças e adolescentes que sofreram ou ainda sofrem trauma. Segundo Pizá, alguns desses conceitos foram adaptados da teoria de Freud e Lacan, enquanto outros foram criados por ela na tentativa de compreender a secreta comunicação, através da linguagem dos sonhos, própria da criança violentada, como afetosecretos, roboneca, criança-fetiche, mãe-aranha e objeto-fi (fetiche do incesto).

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