Claudette Soares foi personagem de vários movimentos importantes da música brasileira e mulher à frente de seu tempo. Agora sua história foi transformada em livro pela Coleção Aplauso, da Imprensa Oficial, com lançamento marcado para esta quarta-feira (6), às 18h30, na Livraria Cultura do Conjunto Nacional, em São Paulo.
Claudette Soares fez parte de vários movimentos fundamentais na música brasileira. Fez sucesso no auge da era do baião (ganhou o título de Princesinha do Baião das mãos do mestre Luiz Gonzaga), em meados dos anos 50, na fase pré e no ápice da bossa nova. Foi ainda atuante no período dos festivais da canção, classificando-se diversas vezes entre as finalistas, e finalmente, já nos anos 70, celebrizou-se também como grande intérprete romântica, gravando Roberto Carlos. Tudo isso está relatado pelo jornalista, produtor e pesquisador musical Rodrigo Faour no livro “A bossa sexy e romântica de Claudette Soares”, da Coleção Aplauso, com 280 páginas. Editado pela Imprensa Oficial do Estado de São Paulo, será lançado em São Paulo nesta quarta-feira, dia 6 de outubro, a partir das 18h30 na Loja de Artes da Livraria Cultura, em São Paulo – Av. Paulista, 2.073.
Na obra Faour contextualiza os bastidores efervescentes da música brasileira nas décadas de 1950 e 60. Sobrevivente da Era do Rádio, Claudette Soares fez sucesso na era da canção moderna e teve a chance de lançar ou ajudar a popularizar músicos como César Camargo Mariano – que estreou num disco seu, em 1963 – e compositores como Gonzaguinha e Taiguara, além de ter participado do primeiro disco de Eumir Deodato como arranjador. Foi a única cantora a dividir LPs com o ícone da música sofisticada brasileira, Dick Farney, e a primeira a gravar um disco-tributo aos iniciantes Chico, Caetano e Gil, em 1968. Graças aos moderníssimos arranjos de Antonio Adolfo, César Camargo, José Briamonte, Rogério Duprat e Roberto Menescal, e as composições de Jorge Ben Jor, Marcos Valle, Adolfo, Chico, Menescal e tantos outros craques, pôde colocar sua voz macia a bordo de uma “bossa sexy” ímpar, criando um dos trabalhos mais sensuais dentre as cantoras do movimento bossanovista.
O livro relata ainda a fase em que Claudette se afastou do meio artístico, durante 14 anos, a partir de 1977. A volta aos palcos aconteceu em 1991, no show “Nova leitura”. A partir de então recuperou o tempo perdido, em sucessivos projetos e gravações.
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