quinta-feira, 19 de julho de 2012

Ferréz volta a ser criança e escreve inspirado em sua própria história



Selo Planeta Infantil lança “O pote mágico”, livro voltado às crianças e inspirado na própria vida do autor paulistano, com ilustrações do jovem artista amazonense Rodrigo Abrahim.
Inspirado em suas próprias lembranças de infância, em especial naquelas mais afetivas, como as brincadeiras solitárias em casa ou na rua com os amigos, e nos desejos profundos que se tem quando criança, O pote mágico(Editora Planeta/ selo Planeta Infantil, 48 pp., R$ 29,90) narra a saga de um garoto para descobrir o conteúdo encantado de um pote de vidro.

Nessa história cativante e nostálgica de um tempo que já não existe, isto é, o tempo da infância de quem hoje é adulto, O pote mágico segue a jornada do pequeno protagonista – possivelmente o próprio Ferréz, quando criança – para conseguir saber o que há dentro do tal pote. De acordo com seu amiguinho Dim, cuja casa fica localizada logo atrás da sua, o pote de vidro contém “uma massa azul meio transparente, muito linda”, com a qual “dá pra fazer bolinha de vidro”.

Essas informações são suficientes para maravilhar o protagonista, que, a partir daí, passa a ter devaneios com o conteúdo encantado do pote. E então faz de tudo para conseguir os R$ 5,00 cobrados por Dim para ter acesso ao objeto mágico. Isto é: vale desde juntar ferro-velho para o Senhor Zé vender, até olhar os carros das pessoas no estacionamento do supermercado, em troca de uns trocados.

Mas nem tudo na vida é do jeito que a gente espera, e Ferréz lida com essas frustrações enquanto desenvolve essa história de uma maneira bastante sensível.

Por ser um garoto vivendo na periferia de uma grande cidade – cujo nome não é citado, mas que provavelmente é a São Paulo natal do autor -, o protagonista se difere dos garotos ricos que têm tudo na hora em que querem. Mas saber “se virar”, como diz sua mãe quando ele lhe pede os R$ 5,00, e lidar com as frustrações inerentes à existência de cada um são desafios que fazem parte da vida de toda criança.

E, mesmo sem a intenção explicíta de finalizar seu livro com uma “moral da história”, Ferréz passa uma bela mensagem às crianças, sem nem sequer ter de revelar o conteúdo mágico do tal pote.

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