No
dia 3 de agosto, em Salvador, especialistas vão falar sobre a vacinação de
adolescentes e adultos contra a doença, que só no primeiro trimestre desse
ano registrou 596 casos no País
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Doença
que somente no primeiro trimestre deste ano registrou 596 casos no Brasil, a
coqueluche será tema de um simpósio satélite durante a XIV Jornada Nacional
de Imunizações da SBIm – Associação Brasileira de Imunizações –, que acontece
na cidade de Salvador (BA), de 1° a 4 de agosto. O evento terá a participação
de importantes especialistas da área médica para discutir temas relacionados
às vacinas, como produção, conservação, indicações e desenvolvimento de novas
substâncias.
O
painel sobre a coqueluche, também conhecida como “tosse comprida”, será na
tarde do dia 3, das 16h30 às 18h, com o médico epidemiologista José Geraldo
Ribeiro, professor de Medicina Preventiva da Faculdade de Ciências Médicas de
Minas Gerais, que abordará o tema “Por que vacinar adolescentes e adultos
contra pertussis?”, e a pesquisadora científica Daniela Leite, do Instituto
Adolfo Lutz, sobre “Como aprimorar o diagnóstico de pertussis?”.
No
Brasil, a coqueluche ainda é subnotificada em razão do desconhecimento da
doença, da dificuldade de diagnóstico em adolescentes e adultos e da falta de
difusão de exames mais sensíveis para a detecção da bactéria Bordetella pertussis,
causadora da doença. Mesmo assim, dados parciais dos hospitais ligados ao SUS
– Sistema Único de Saúde – revelam o registro de 596 casos de coqueluche no
primeiro trimestre deste ano – mais que o dobro detectado no mesmo período em
2011 (217 casos). No ano passado, o Sinan – Sistema de Informação de Agravos
de Notificação – confirmou 40 mortes por coqueluche, sendo 39 de crianças com
menos de 12 meses. “A alta taxa de letalidade nos bebês, principalmente nas
oito primeiras semanas de vida, é muito preocupante. A primeira dose da
vacina só pode s er aplicada quando a criança completa dois meses. Estudos
mostram que mais de 75% dos recém-nascidos com coqueluche foram infectados
por alguém próximo. As principais fontes de transmissão foram as mães, os
irmãos e os avós”, diz José Geraldo Ribeiro.
Para
proteger o bebê, os especialistas defendem a aplicação da estratégia “cocoon”
(casulo, em inglês). Adotada pela Austrália, Áustria, França e Alemanha, ela
prevê a imunização de adolescentes e adultos, principalmente os familiares e
os profissionais de saúde que convivem com os recém-nascidos e bebês. “Assim,
a vacinação formaria uma espécie de casulo de proteção ao redor da criança. Recomendamos
também que as futuras mamães se vacinem, pois existe a transferência de
anticorpos da mãe para o bebê”, afirma Daniela Leite. Leia matéria completa
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terça-feira, 24 de julho de 2012
Coqueluche será tema de Simpósio durante a XIV Jornada Nacional de Imunizações
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