terça-feira, 24 de julho de 2012

Coqueluche será tema de Simpósio durante a XIV Jornada Nacional de Imunizações


No dia 3 de agosto, em Salvador, especialistas vão falar sobre a vacinação de adolescentes e adultos contra a doença, que só no primeiro trimestre desse ano registrou 596 casos no País
Doença que somente no primeiro trimestre deste ano registrou 596 casos no Brasil, a coqueluche será tema de um simpósio satélite durante a XIV Jornada Nacional de Imunizações da SBIm – Associação Brasileira de Imunizações –, que acontece na cidade de Salvador (BA), de 1° a 4 de agosto. O evento terá a participação de importantes especialistas da área médica para discutir temas relacionados às vacinas, como produção, conservação, indicações e desenvolvimento de novas substâncias.
O painel sobre a coqueluche, também conhecida como “tosse comprida”, será na tarde do dia 3, das 16h30 às 18h, com o médico epidemiologista José Geraldo Ribeiro, professor de Medicina Preventiva da Faculdade de Ciências Médicas de Minas Gerais, que abordará o tema “Por que vacinar adolescentes e adultos contra pertussis?”, e a pesquisadora científica Daniela Leite, do Instituto Adolfo Lutz, sobre “Como aprimorar o diagnóstico de pertussis?”.
No Brasil, a coqueluche ainda é subnotificada em razão do desconhecimento da doença, da dificuldade de diagnóstico em adolescentes e adultos e da falta de difusão de exames mais sensíveis para a detecção da bactéria Bordetella pertussis, causadora da doença. Mesmo assim, dados parciais dos hospitais ligados ao SUS – Sistema Único de Saúde – revelam o registro de 596 casos de coqueluche no primeiro trimestre deste ano – mais que o dobro detectado no mesmo período em 2011 (217 casos). No ano passado, o Sinan – Sistema de Informação de Agravos de Notificação – confirmou 40 mortes por coqueluche, sendo 39 de crianças com menos de 12 meses. “A alta taxa de letalidade nos bebês, principalmente nas oito primeiras semanas de vida, é muito preocupante. A primeira dose da vacina só pode s er aplicada quando a criança completa dois meses. Estudos mostram que mais de 75% dos recém-nascidos com coqueluche foram infectados por alguém próximo. As principais fontes de transmissão foram as mães, os irmãos e os avós”, diz José Geraldo Ribeiro.
Para proteger o bebê, os especialistas defendem a aplicação da estratégia “cocoon” (casulo, em inglês). Adotada pela Austrália, Áustria, França e Alemanha, ela prevê a imunização de adolescentes e adultos, principalmente os familiares e os profissionais de saúde que convivem com os recém-nascidos e bebês. “Assim, a vacinação formaria uma espécie de casulo de proteção ao redor da criança. Recomendamos também que as futuras mamães se vacinem, pois existe a transferência de anticorpos da mãe para o bebê”, afirma Daniela Leite. Leia matéria completa



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