segunda-feira, 23 de abril de 2012

Planeta lança "Alice", de Lenice Gomes e com ilustrações de Nina Anderson, um livro para encantar as crianças

Com rimas, lenga-lengas, trava-línguas e ilustrações alegres e coloridas, Lenice Gomes lança neste mês de abril o livro Alice (36 págs., R$ 27,90), pelo selo Planeta Infantil.

Alice não é aquela do País das Maravilhas. É “Alice de Doralice, filha de Candice, irmã de Berenice”, que, ao levar um recado para a prima Priscila, se envolve em aventuras com um gato de rabo ruivo, “três tigres tristes”, uma “vaca malhada que foi molhada por outra vaca malhada e molhada”, uma “aranha medonha, num arranha-arranha-aranha” e um galo que canta “o pato pintou a pata da pata e a pata, de pata pintada, pintou a pata do pato”. Mas depois de tanta tagarelice, lenga-lenga e leva-e-traz, Alice desperta e faz uma importante descoberta.

 As palavras dedilhadas, rimadas e lapidadas por Lenice Gomes e as ilustrações psicodélicas de Nina Anderson ganham vida e movimento em cada uma das páginas do livro. Por elas, a personagem central passeia, sempre pedalando a sua bicicleta, que, de tão presente, virou a assinatura do livro. “Alice foi indo, indo, indo. Berenice ficou rindo, rindo, rindo.”

 Alice é construtivismo puro. Encantaria o suíço Jean Piaget, um estudioso da inteligência, que demostrou que as crianças raciocinam segundo estruturas lógicas próprias, muito diferentes da lógica do adulto. Sua teoria acabou por moldar modelos de ensino que preconizam a descoberta e a associação ao invés da repetição e da memorização. Em maior ou menor grau, são práticas adotadas hoje em diversos países do mundo e em muitas escolas brasileiras, em especial na pré-escola e na alfabetização.

 Mas o livro seduz e encanta os leitores, mesmo alguns educadores mais críticos às metodologias construtivistas, já que, com humor e inteligência, estimula a imaginação e a criatividade das crianças, seja na forma, no som ou no ritmo.

Nenhum comentário:

Postar um comentário