Drama de religiosos católicos no Japão do século XVII é retratado em “O Silêncio”

Ter o rosto cortado e ficar pendurado de ponta cabeça em um poço fétido enquanto o sangue escorre aos poucos pelo corpo, passar horas em pé em cima de uma pequena pedra ouvindo insultos de uma multidão, ser amarrado em estacas à beira-mar e ficar à mercê da subida da maré durante dias, pisar nas imagens de Jesus Cristo e da Virgem Maria. Estes são apenas alguns dos martírios a que cristãos foram submetidos no Japão, no século XVII, e relatados em O Silêncio, o mais aclamado romance de Shusaku Endo, livro que chega ao Brasil pela Editora Planeta (R$ 39,90, 272 páginas).

Publicado pela primeira vez em 1966 no Japão, O Silêncio fez grande sucesso e motivou o cineasta Martin Scorsese a escrever um prefácio para a obra. Ele afirma ainda ter a intenção de adaptar a obra para o cinema.

A história acompanha a saga de um missionário idealista, o jesuíta português Sebastião Rodrigues. Ele parte de Lisboa para o Japão após receber a notícia de que Cristóvão Ferreira, seu antigo mentor, enviado para o país pela Companhia de Jesus, teria renunciado à fé após ter sido submetido ao “suplício do poço”.

Para realizar a missão, Rodrigues é obrigado a viver clandestinamente no Japão. Capturado, mantém uma espécie de batalha ideológica e emocional com as autoridades religiosas japonesas, que se utilizam de todos os métodos para fazê-lo desistir da religião.

Livro discute os limites do amor

Wheelock, uma calma cidade de Massachussets, nos Estados Unidos, é o lar de uma família escocesa há várias gerações. Entre seus representantes, o chefe de polícia local, Cameron MacDonald, ou simplesmente Cam, para quem dias agitados significavam prender pessoas embriagadas ou que excediam a velocidade com seus automóveis. Essa rotina é quebrada quando Jamie, um primo distante, estaciona o carro em frente à delegacia com o corpo da esposa no banco do passageiro, confessando o assassinato. A partir desse ponto, “Piedade” (Editora Planeta, 368 páginas, R$ 39,90) leva o leitor a refletir até que ponto o amor é capaz de cometer atos extremos, como matar.

Além do assassinato e do julgamento que irá mexer com a cidade, outras histórias se desenrolam e prendem a atenção do leitor. Como a de Allie, esposa apaixonada de Cameron, mas assumindo postura contrária a ele em defesa de Jamie. Enquanto Cam, como chefe de polícia e autor da prisão, mantinha-se imparcial na questão do assassinato, Allie trabalhou até como investigadora para arranjar testemunhas em favor de Jamie.

Allie teve de lidar também com o adultério. Ao aceitar a misteriosa Mia como assistente em sua floricultura, ela não imaginava que estava prestes a ser traída.

Manual para não morrer de amor, em lançamento da Planeta

É praticamente impossível encontrar alguém que não tenha vivido uma história de amor marcada pelo sofrimento, pela ansiedade, pela angústia. Há até quem acredite que esses sentimentos são inerentes ao envolvimento amoroso e ficam presas a relações que geram dor e não prazer. Em Manual para não morrer de amor (Editora Planeta, Selo Academia, 192 páginas, R$ 19,90), o psicólogo Walter Riso mostra como é possível viver uma relação saudável, na qual o casal possa caminhar junto, sem que um anule o outro. Ele registra alguns dos problemas que transformam o amor em agonia e oferece uma série de princípios básicos de “sobrevivência afetiva”.

Quem se identifica com algumas das situações abaixo pode estar vivendo uma relação destrutiva e talvez seja a hora de dar uma virada na vida: relacionar-se com uma pessoa que não lhe ama mais, mas insistir que pode reconquistá-la; fazer tudo para tentar agradar seu companheiro, por medo de perdê-lo; ter um amor mal curado que não consegue esquecer, mas, mesmo assim, sair em busca de outro; viver um relacionamento frio e distante; achar que está se relacionando com uma pessoa extremamente especial, acima do seu merecimento; viver resolvendo os problemas da pessoa amada, mas esquecer-se dos próprios; ter um parceiro muito mais novo ou muito mais velho e, apesar de estarem vivendo uma ótima relação atualmente, angustiar-se pelo futuro.

Cada capítulo do livro aborda uma situação-problema, facilitando a consulta e a identificação.

Editora Planeta lança “Gritos do Passado”, novo romance policial de Camilla Läckberg

A rotina de uma pequena cidade costeira do Oeste da Suécia é quebrada com a descoberta do corpo de uma jovem na praia. Embaixo do cadáver são achados outros dois esqueletos, também de mulheres, assassinadas havia quase duas décadas. Qual a relação entre os crimes? Foram cometidos pela mesma pessoa? Seria a ação de um psicopata que voltara à ativa depois de tanto tempo? O mistério acerca desses episódios é o fio condutor de Gritos do Passado (Editora Planeta, 368 pág, R$ 39,90), de Camilla Läckberg, considerada um dos maiores destaques do romance policial da atualidade.

Com habilidade e engenhosidade, a autora tece a trama a partir de um texto rico em detalhes, descrição precisa do ambiente e narrativa empolgante, sobretudo ao se aprofundar no perfil psicológico das personagens e seus conflitos internos. Ela funde vários elementos, combinando leveza, tensão e suspense.

O clima de suspense cresce a cada revelação, com o surgimento de fatos que embaralham mais as peças e lançam dúvidas no ar.

“Toda a família Hult é um maldito ninho de vespas, e eu realmente preferia não ter que me meter nos problemas internos deles. Mas tem algo que não está batendo direito. Se tem a ver com os assassinatos ou não, não sei”, observa Patrik, dividido entre a proximidade do nascimento de seu filho e a busca pelas respostas sobre as vidas que foram violentamente interrompidas.

Diário de um magro, de Mario Prata, chega às livrarias pela Editora Planeta

Quinze dias no Spa São Pedro, em Sorocaba, interior de São Paulo, bastaram para que Mario Prata não só perdesse vários vícios, mas também produzisse um de seus livros mais engraçados. Diário de um Magro – 15 anos num spa (144 páginas, R$ 24,90) marca o relançamento de parte da obra de Prata pela Editora Planeta.

Segundo o autor, esta nova edição tem “cortes mínimos e acréscimos menores ainda”. Isso porque pouca coisa mudou em seu modo de ver o spa – ninguém melhor do que ele para fazer essa observação, já que voltou ao local mais de 100 vezes. O subtítulo, por exemplo, passou de “15 dias num spa” para “15 anos num spa”, uma alusão simpática aos quase 15 anos passados desde a primeira edição. Também compõem a obra os esboços inéditos das ilustrações feitas pelo cartunista Paulo Caruso, produzidos no próprio São Pedro, chamados de “Cadernos do Spa”.


Citações a Fernando Morais, Antonio Fagundes e Paulo Caruso, que também estiveram no mesmo spa, e trechos de uma música de Chico César (“Cesarianas”) são frequentes. Em forma de crônica, o livro mostra a primeira temporada do escritor – muitas outras vieram depois dessa – de uma forma tão carinhosa quanto divertida, que fará o leitor concordar com o autor:

“A conclusão é antiga, mas aqui eu constatei in loco:
- Todos os gordos são engraçados.
Nunca ri tanto em minha vida”.

Livro ensina pais a falarem sobre o sexo com adolecentes

Camisinha, gravidez, aids, masturbação, além de drogas e bullying... Não tem jeito: se os pais quiserem construir laços de respeito e confiança com seus filhos, e que eles cresçam bem informados e saudáveis, o diálogo ainda é a melhor solução. Mas será que os adultos sabem como falar sobre esses assuntos com naturalidade, levando em conta não apenas o que acham certo, mas também o que seus filhos esperam? Para ajudar nesse difícil momento, o educador Marcos Ribeiro dá todas as orientações em Conversando com seu filho adolescente sobre sexo (Editora Planeta / selo Academia, 176 páginas, R$ 19,90).

Professor, palestrante na área de educação sexual e coordenador geral do Centro de Orientação e Educação Sexual (CORES), no Rio de Janeiro, Marcos Ribeiro aposta em uma regra básica para a educação sexual dos filhos: diálogo + respeito + confiança + limites na hora certa.

O livro aborda assuntos como o que é a adolescência, as mudanças que acontecem no corpo dos adolescentes durante essa fase, a diferença de tratamento dedicado ao filho e à filha, a descoberta da sexualidade e o começo dos relacionamentos. Marcos Ribeiro também mostra como tratar a questão da homossexulidade, da gravidez na adolescência e da prevenção à Aids, o que fazer quando um filho está usando drogas, como lidar com as várias faces da violência – física, moral, sexual, etc –, e com o bullying.

A busca pelo conforto espiritual

Desde muito jovem, Renan sonhava em terminar a faculdade e se tornar um grande corretor da Bolsa de Valores. Determinado, não mediu esforços para alcançar seu objetivo, e teve, por exemplo, que acumular três empregos para conseguir pagar a universidade por conta própria. Quando se tornou um rico executivo, realizado profissionalmente, sentiu um grande vazio interior. Em A Semente de Deus (Editora Planeta / Selo Academia de Inteligência, 144 páginas, R$ 19,90), Cesar Romão descreve a busca de Renan por sua verdadeira essência, capaz de mudar de forma tocante sua vida.

A transformação começa quando Renan percebe que tem apenas um amigo de verdade, seu secretário e assessor para todas as horas, Vinícius. Ele resolve voltar ao bairro onde nasceu na tentativa de encontrar suas raízes, e assim vai despertando para sua espiritualidade. Lá encontra uma misteriosa e sábia senhora e, ao ouvir as palavras dela, sente-se estimulado a perseguir o encontro com Deus e com sua fé, até então soterrada por seus bens materiais, pelo egoísmo e pela soberba.

“Shining City”, de Conor Mcpherson, entra em cartaz no auditório Cultura Inglesa-Higienópolis

O texto recebeu montagens de grande sucesso no West End londrino e na Broadway com indicações para vários prêmios. Aqui, o espetáculo será interpretado em inglês com entrada franca.

A partir de 12 de março, o público poderá conferir a peça “Shining City”, do irlandês Conor McPherson ("The Weir" e "The Seafarer"), no Auditório Cultura Inglesa-Higienópolis. O espetáculo conta a história de um homem remoído pela culpa, que procura um terapeuta após ver o fantasma de sua falecida esposa. Lutando contra seus próprios demônios, o terapeuta faz o que pode para ajudá-lo. As visitas rotineiras entre eles logo se tornam uma tentativa de sobrevivência, o que mudará a vida dos dois. A peça será apresentada em inglês com Alexandre Ogata, Guilherme Magalhães, Juliana Gonçalves e Rodrigo Haddad no elenco.

“Shinining City” será exibida de 12 a 20 de março e de 02 a 17 de abril no Auditório Cultura Inglesa-Higienópolis (av. Higienópolis, 449, telefone 3826-4322, 80 lugares e ar-condicionado). Sessões: sábados (20 horas) e domingos (18 horas). Idade: 16 anos. Entrada franca.