Em 1982, um terrível acidente prendeu para sempre o jovem
francês Christophe Roux a uma cadeira de rodas levando-o a uma clínica de
reabilitação no Sul da França, onde conhece o cambojano Song Tak, cuja infância
fora roubada pelo Khmer Vermelho. A amizade entre os dois, marcada por
superações, é o mote de O Pé de Jaipur (Editora Planeta, 256 pág., R$ 34,90),
do espanhol Javier Moro. Marca registrada do autor, Moro, mais uma vez,
estrutura o romance a partir de uma história real recheada de fortes emoções.
Ao longo de dez anos, Roux e Tak rodaram o mundo em busca de
ultrapassar suas limitações. Song tinha 13 anos quando as tropas do Khmer
Vermelho invadiram Phnom Penh, sua cidade natal, de onde ele e sua família
foram expulsos para viver em uma fazenda, com outras mil crianças, trabalhando
por mais de doze horas diárias. O Khmer Vermelho, regime político adotado no
Camboja nos anos 1970, pregava a revolução camponesa e obrigava a todos os
cambojanos a migrarem para o campo. Em quatro anos de revolução, um terço da
população (de nove milhões na época) foi dizimado e mais de quatro milhões de
pessoas ficaram com graves sequelas. Leia matéria completa
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