sexta-feira, 8 de abril de 2011

Os cartunistas gêmeos Fábio Moon e Gabriel Bá falarão para jovens na Jornada Nacional de Literatura de Passo Fundo


Dois dos mais premiados cartunistas brasileiros, os gêmeos paulistanos Fábio Moon e Gabriel Bá, apresentam o seu trabalho e conversam com os jovens na Jornight, na 14ª Jornada Nacional de Literatura, dia 24 de agosto

“Desde sempre !” É assim, com uma exclamação, que o quadrinista e autor Fábio Moon responde à pergunta sobre desde quando desenha junto com o seu irmão gêmeo, Gabriel Bá. A dupla participa da 14ª Jornada de Literatura, no Encontro com os Gêmeos, ao lado dos também célebres Paulo e Chico Caruso, na Jornight – um encontro com mil jovens de até 25 anos que é novidade nesta edição da Jornada. “Aos 15 anos já sabíamos que queríamos fazer histórias em quadrinhos, e começamos a criar os fanzines”, lembra Fábio.

De lá para cá, o fanzine 10 Pãezinhos tornou-se muito popular. Tanto que originou a publicação de uma série de livros: apenas no Brasil eles têm nove lançados. A arte da dupla ultrapassou fronteiras e ganhou volume em países como os Estados Unidos, Itália, França e Espanha. E conquistou uma série de prêmios, como o prestigioso norte-americano Eisner Award e o Jabuti, pela adaptação em quadrinhos do livro “O Alienista”, de Machado de Assis.

De forma geral, os temas adultos dominam os seus quadrinhos, que escancaram a vida, o trabalho, a amizade, mas também os problemas e desafios do cotidiano. Como os gêmeos dividem o desenho e a escrita? “Nós dois fazemos de tudo”, conta Fábio. Ambos escrevem de um jeito parecido, a diferença está no traço. “Como eu desenho com pincel e meu irmão com caneta, fica diferente.”

Hoje, a dupla produz a série Daytripper para a editora norte-americana Vertigo – que aparece liderando o ranking de quadrinhos mais vendidos do jornal New York Times. E aos sábados, assina a tira “Quase Nada”, na Folha de São Paulo. “Um dos maiores desafios para os quadrinistas no Brasil é fazer as pessoas descobrirem o seu trabalho. É difícil levar os quadrinhos para além do pequeno nicho que já os consome.”

Aos 34 anos, Fábio acha mais do que natural compartilhar o estúdio de trabalho com seu gêmeo. “Para mim, é o cenário ideal. Não preciso ter medo de crítica ou de cobrar: temos intimidade.” Palavra de gêmeo.

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