Um encontro de literatura, música e história. Esse é o ingrediente da “Palestra Sambada”, uma mistura de batucada e bate-papo, que o sambista Osvaldinho da Cuíca e o pesquisador e crítico musical André Domingues promovem nesta quarta-feira (21), às 18h, na Biblioteca Mário de Andrade (avenida São Luiz, 235, Centro de São Paulo). Os dois são parceiros na autoria do livro “Batuqueiros da Pauliceia”, da editora Barcarolla, e o evento marca a reinauguração da biblioteca, que passou por reformas. Na quinta-feira (22), às 18h30, Domingues realiza no mesmo espaço a oficina “Memória do Samba em São Paulo”, um bate-papo com a plateia sobre a história fonográfica do samba paulistano, com apresentação de gravações da década de 1920 até o início dos anos 60.
No livro “Batuqueiros da Pauliceia”, lançado em 2009, André Domingues e Osvaldinho da Cuíca lançam um libelo na defesa do samba paulista ao se aprofundarem para sistematizar e resgatar a história do samba produzido por artistas do Estado, vítimas frequentes de preconceito, principalmente após a famosa declaração do poeta Vinícius de Moraes, de que São Paulo é o “túmulo do samba”. Embora em sua defesa sempre aparecessem nomes como de Henricão, Geraldo Filme, Adoniran Barbosa e Toquinho (o mais prolífico parceiro de Vinicius), os próprios paulistas não conhecem completamente sua grandeza.
A obra segue as diversas trilhas do samba de São Paulo, apontando seus nomes e acontecimentos fundamentais desde o início do século XX até o presente, do remoto samba-rural ao samba-de-raiz de hoje em dia, passando por diversas manifestações como a marcha-sambada, a batucada de engraxates, o samba-rock e as experiências da chamada Vanguarda Paulistana.
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