quarta-feira, 31 de março de 2010

Brasileiros ainda desconhecem o livro digital

Apesar da falta de conhecimento, a maior parcela dos entrevistados aposta que a funcionalidade do e-reader será um fator decisivo para vencer a curto prazo a resistência atual da população, porque o leitor poderá levar sua biblioteca - ou parte dela - para a faculdade, local de trabalho ou em viagens, de forma mais simples.


A pesquisa qualitativa, realizada pela Imprensa Oficial e CBL, apresentada nesta quarta (31) durante o I Congresso do Livro Digital, em São Paulo, mostrou ainda que o consumidor brasileiro não está disposto a pagar pelo livro digital. Nas respostas, o raciocínio utilizado é o mesmo para o download de músicas e que acaba gerando pirataria: se está na internet, deve ser gratuito.


Foram ouvidos oito grupos, em quatro capitais brasileiras: São Paulo, Rio de Janeiro, Porto Alegre e Recife. Desses grupos, todos leitores de livros em papel, dois também eram leitores de livros digitais. O levantamento constatou que o livro impresso tem um valor muito grande no imaginário coletivo da sociedade brasileira. Para os entrevistados, ele representa o saber, o conhecimento. Por sua vez, o livro digital, é visto como mais ecológico, mais barato ou até mesmo gratuito.


Outro dado encontrado é que poucas pessoas procuram livros digitais na Internet para ler no computador. Alegam dificuldades para a leitura na tela de PCs e notebooks. A resistência desaba quando são apresentados aos e-readers, embora estranhem não contar ainda com a tecnologia i-touch.

Para a tradicional pergunta “o livro de papel irá acabar”, as respostas garantem que tão cedo isso não acontecerá. Por enquanto os brasileiros preferem os livros impressos e a tendência é uma convivência pacífica com a chegada dos e-readers.


A apresentação da pesquisa estará disponível no site do Congresso: http://www.congressodolivrodigital.com.br/.

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