Em Cidade
de Deus (Editora Planeta, 392 pp., R$ 39,90), o romance de estreia de
Paulo Lins, originalmente publicado em 1997, o escritor carioca constrói um
painel das transformações sociais pelas quais passou o conjunto habitacional
Cidade de Deus, na periferia do Rio de Janeiro: da pequena criminalidade nos
anos 1960 à situação de violência generalizada e de domínio do tráfico de
drogas dos anos 1990.
O cenário
é uma das favelas mais notórias do Rio de Janeiro, um lugar onde a violência
está no cotidiano das pessoas - seja por causa de drogas, dinheiro ou amor – em
contraste com as batidas do samba que ecoam até o amanhecer, acompanhadas pelas
mais lindas mulheres do mundo. Ali, um jovem rapaz – o protagonista Busca-Pé –
deseja escapar do ambiente ao qual se sente preso e tornar-se um fotógrafo de
sucesso.
Para
redefinir a situação do lugar onde cresceu, Paulo Lins usa o termo
"neofavela", em oposição à favela tradicional, aquela das rodas de
samba e da malandragem romântica, mais presente em seu segundo romance, Desde
que o samba é samba, também lançado pela Planeta, em abril deste ano.Leia matéria completa
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