quarta-feira, 10 de outubro de 2012

Dia da criança: Um bom momento para se pensar na saúde garotada


Atenção para a coqueluche, doença controlada até os anos 90 e que começa a provocar mortes, sobretudo entre bebês menores de um ano.

A ampliação das campanhas de vacinação é apontada como uma das causas da queda de 73% da mortalidade infantil no Brasil em apenas duas décadas. Destaque do relatório da Unicef, a taxa brasileira caiu de 58 para 16 por mil nascidos vivos entre 1990 e 2011.
 O Dia da Criança é uma boa oportunidade para refletir sobre esses resultados. “Muitos pais se preocupam em dar a seus filhos presentes caros e se esquecem de que o melhor presente é propiciar uma vida saudável à criança”, diz a pediatra Lucia Bricks, diretora de Saúde Pública da Sanofi Pasteur, a divisão vacinas do grupo Sanofi.
 O médico Renato Kfouri, presidente da SBIm – Associação Brasileira de Imunizações, argumenta que hoje a vacinação não é uma exclusividade da criança. “Adolescentes, adultos, gestantes, idosos e viajantes também têm programas de imunização específicos para eles. Toda a família passa a ser o alvo da prevenção”, pondera. Uma das doenças que demanda a vacinação da família para a proteção da saúde dos bebês é a coqueluche.
Controlada nos anos 90, a popular “tosse comprida” está crescendo em vários países do mundo, principalmente entre adolescentes, jovens e adultos, que contagiam as crianças, principalmente os bebês menores de um ano, fase em que o esquema vacinal está incompleto. Estudos publicados no Pediatric Infectious Diseases, em 2004 e 2007, demonstraram que mais de 75% dos recém-nascidos com coqueluche foram infectados por alguém próximo.
 As principais fontes de transmissão foram as mães (33%), os irmãos (19%), os avós (8%) e outros (7%). “Por isso, além de vacinar as crianças a partir dos dois meses de idade, é preciso administrar as doses de reforço tanto para as crianças, como para adolescentes e adultos, principalmente os que têm contato frequente com crianças pequenas”, explica Renato Kfouri.
 A SBIm recomenda a vacinação de reforço contra coqueluche para adolescentes a partir dos 11 anos, assim como para adultos, incluindo os idosos, pois a coqueluche afeta pessoas de qualquer idade. Leia mais

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