sexta-feira, 17 de junho de 2011

Gripe A: só alta cobertura vacinal vai reduzir a circulação do vírus


Com a chegada do inverno, a tendência é o aumento da disseminação do H1N1, que continua tão perigoso quanto na época da pandemia – o Brasil registrou quatro mortes. Este ano, a vacina da gripe sazonal protege também contra este subtipo do vírus Influenza.

Subiu para quatro o número de mortes provocadas pelo H1N1 este ano no País. Todas ocorreram no Rio Grande do Sul, que contabilizou 191 casos notificados, dos quais nove confirmados. Outros estados já têm casos suspeitos. Santa Catarina investiga um rapaz de 23 anos, internado na cidade de Concórdia, a 480 quilômetros de Florianópolis, na divisa com o Rio Grande do Sul. Em Cabo Frio, no Estado do Rio de Janeiro, a morte uma criança de nove anos supostamente provocada pela gripe A/H1N1 levou o fechamento de uma escola municipal para efeito de higienização.

Na avaliação da médica Nancy Bellei, coordenadora do Setor de Viroses Respiratórias da Unifesp, as mortes no Rio Grande do Sul demonstram o aumento da prevalência do H1N1 em relação a 2010. “No ano passado, aparentemente até setembro não tinham sido detectados casos de síndrome respiratória aguda grave nos grandes hospitais do Rio Grande do Sul”, lembra. Ela reitera que esta cepa do vírus Influenza, causador da gripe, continua “tão patogênico (capaz de provocar doença) e tão perigoso” quanto era na pandemia. Por isso, toda a população, principalmente os adultos jovens, precisa se imunizar. Este ano a vacina também protege contra o H1N1.

A médica Isabella Ballalai, diretora da SBIm (Sociedade Brasileira de Imunizações), argumenta que só a ampla cobertura vacinal é capaz de reduzir a circulação do vírus. “Na família, não adianta uma só pessoa se vacinar. É preciso que todas se vacinem. O mesmo deve acontecer em uma empresa ou em uma escola. Quanto maior o número de pessoas vacinadas, menor será a circulação do vírus”, argumenta.

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