sexta-feira, 10 de dezembro de 2010

Biografia de Tonico Pereira pela Coleção Aplauso será lançada no Rio de Janeiro


Na TV, o bondoso e ingênuo Zé Carneiro, do “Sítio do Pica-Pau Amarelo”, encantou gerações de crianças e adolescentes entre as décadas de 1970 e 1980. Recentemente, o seu Mendonça, que interpreta em “A Grande Família”, fascina telespectores de todas as idades sintonizados na TV Globo nas noites de quarta-feira. Na pele desses personagens inesquecíveis, como tantos que fez, há Tonico Pereira, um ator intuitivo, ao mesmo tempo simples e profundo, como o descrevem dezenas de amigos, ex-colegas de trabalho, diretores de TV, cinema e teatro, em Tonico Pereira - Um Ator Improvável, novo título da Coleção Aplauso, da Imprensa Oficial do Estado de São Paulo. O ator assinará a obra após ser homenageado com o Conjunto de Medalhas Pedro Ernesto, a mais importante comenda da cidade do Rio de Janeiro, no dia 13 de dezembro (segunda) às 18h30, na Câmara dos Vereadores - Praça Floriano, s/nº, Cinelândia. Toda a renda com a venda do livro nesse dia será revertida em benefício do Retiro dos Artistas.

Para Eliana Bueno-Ribeiro, autora do livro, Tonico Pereira é um ator popular, na acepção mais ampla do termo. “Quer dizer que é de todos os tempos e nunca pertenceu a nenhuma classe ou grupo social e sempre, certamente, fora das classificações. Eternamente velho e eternamente jovem. É um profissional ao mesmo tempo organizado e anárquico, que parece temer ser levado a sério demais, levar-se a sério demais. Sistematicamente, trata de quebrar com alguma brincadeira todo e qualquer discurso que possa soar mais solene. Circula entre diversas culturas e diferentes níveis da língua com a leveza dos saltimbancos que tanto admira”.

Além dos depoimentos à autora, vários textos de Tonico são reproduzidos no livro. Com quase uma centena de papéis na TV, no teatro e no cinema, ele impressiona pela vitalidade, apesar de alguns sustos: dois cânceres de bexiga e um tumor benigno no pulmão. “Eu nasci a fórceps. Espero ser recompensado: morrer a fórceps”, brinca, em mais um dos seus escritos.

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